segunda-feira, 11 de outubro de 2010

senti-te.


deitei-me. embrulhada nos cobertores quentinhos da cama. demorei uns tempos a adormecer (..). e de repente , ouço umas falas que me pareciam familiares. levantei-me ( sim, custou-me; estava mesmo quentinho na cama ) e abri , de seguida, a porta de acesso a rua. vi-te. a ti. encostado as paredes que atravessavam a minha rua. fiquei a olhar para ti, sim , eras mesmo tu. moreno e um cabelo castanho. andei uns dois passos para a frente e inevitavelmente, aproximei-me mais de ti . sim, sei que não devia, mas não sei porque e depois de tudo, tu ainda me cativavas. cheguei-me a ti, olhei-te de perto e tu me olhaste também. ficamos ate uns segundos a olhar um para o outro. e vi ainda, havia um brilho no teu olhar (...).
depois, deste-me um abraço, daqueles cheios de ternura e com uma dose de saudade. aqueles que só tu, os sabes dar. senti o teu cheiro e o bater do teu coração perto do meu pescoço. sussurraste-me ao ouvido: «tive saudades tuas, amor». descolaste do meu corpo e entrelaçaste a tua mão na minha e apertaste-a com toda a força que tens em ti. não sabia o que havia de dizer. nem tive tempo para reacções , nem para digerir aquelas todas emoções. e de seguida, senti os teus lábios a vir em direcção dos meus, e beijaste-me. tínhamos esperado tanto tempo por aquele momento. senti-te , mais perto do que nunca. e disseste-me : «amo-te». eu , continuamente, sem dizer nada. o amor apoderava-se de mim. de ti , de nos. deste-me de novo a tua mão, agarraste-me e começamos a correr (...) era aquilo que eu bem queria e precisava tanto. (..)
e de repente, ouço a chuva a bater na janela de vidro do meu quarto. acordei, meio ensonada e com os olhos semi-serrados.

 e tudo, nao tinha passado de um sonho.

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